Portugal é o país de origem de uma das mais antigas e maiores indústrias têxteis do mundo, construída há séculos com base em empresas familiares. Esta indústria expandiu-se ao longo de décadas, com as exportações totais a atingirem os seis mil milhões de euros em 2022, o que representa um aumento de 16% em relação a 2018. Sendo a quinta maior indústria têxtil da Europa, Portugal é reconhecido internacionalmente como fornecedor de elevada capacidade de resposta e inovação têxtil, exportando desde sempre para todo mundo. Reino Unido, França, Alemanha, Dinamarca, Itália e Estados Unidos são alguns exemplos.
No centro desta indústria, a Universidade do Minho destaca-se como uma das melhores instituições do mundo em engenharia têxtil e de polímeros. Os cursos nestas áreas são ministrados pela Escola de Engenharia, que desde 1975 transmite o seu conhecimento científico e tecnológico com o propósito de contribuir para um impacto positivo na sociedade.
Agente de mudança através da investigação, desenvolvimento e inovação, a Universidade do Minho detém uma excelente reputação a nível mundial. Em 2024, a UMinho ficou em 21.º lugar em engenharia têxtil no Shanghai Ranking‘s Global Ranking of Academic Subjects 2024.
Se ponderas uma carreira nas áreas de engenharia têxtil ou de polímeros, eis o que alguns dos estudantes e graduados da UMinho têm a dizer sobre as suas experiências.
Estudantes da licenciatura em engenharia têxtil a preparar soluções de corantes para têxteis. Fonte: Universidade do Minho
Liderar o setor têxtil
A primeira coisa que geralmente vem à nossa cabeça quando pensamos em têxteis é vestuário e moda: o algodão da nossa t-shirt, a lã da nossa camisola. Estes são os têxteis na sua forma mais convencional, mas sabia que os pode encontrar, ao nosso redor, com inúmeras outras funcionalidades? Na indústria aeroespacial, os fatos espaciais são feitos com materiais e tecidos especialmente concebidos, enquanto os compósitos que utilizam têxteis de alto desempenho são usados para substituir toda a carroçaria dos carros de F1 e peças de aeronaves. Na área médica, encontram-se na separação de componentes sanguíneos, nas redes utilizadas em operações às hérnias, e muito mais.
Quando Nuna Costa entrou no curso, ela tinha a mesma ideia redutora da Engenharia Têxtil. «Aprendi com os outros estudantes, que me informaram e desmistificaram o que era este curso», diz ela. «Rapidamente percebi que era muito mais do que vestuário e que era uma área muito versátil, ligada a muitas outras áreas da engenharia.»
A Nuna já concluiu o Mestrado em Engenharia Têxtil (MET) e está atualmente no segundo ano do programa doutoral com uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal (FCT). É um programa flexível e multidisciplinar que desenvolve e amplia as suas competências em design, desenvolvimento e fabrico de produtos têxteis. Com o apoio do 2C2T – Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil, terá oportunidades reais para aplicar o que aprendeu, através de investigação na área da engenharia dos materiais fibrosos e participar em diversos projetos de desenvolvimento de produtos inovadores em empresas por todo o país.
“O curso de engenharia têxtil prepara muito bem os alunos para o mercado de trabalho”, afirma Nuna. “Ele permite que os estudantes tenham contato com a indústria desde cedo, por via de projetos e estágios curriculares.”
Os cursos de Mestrado (MET) e de Doutoramento foram concebidos para ajudar a satisfazer as exigências da indústria, desenvolvendo um conjunto de competências especializadas em ciência e tecnologia têxtil. No MET, pode-se escolher uma de duas especializações mediante os objetivos de carreira: Materiais e Tecnologias Avançadas e Materiais e Acabamentos Funcionais. No programa de Doutoramento, realiza-se investigação numa universidade ou empresa para resolver os desafios da indústria em Portugal e além-fronteiras.
«Os têxteis estão em todo o lado e existem várias possibilidades e oportunidades à nossa disposição», afirma Isabel Ribeiro, doutorada e atualmente investigadora no centro 2C2T. Estes programas são muito apreciados pelos empregadores da indústria têxtil e do vestuário. Não só preparam para áreas tradicionais, como os têxteis para o lar ou os têxteis técnicos, como também para setores mais amplos, como a produção, a consultoria, a investigação e muito mais.
O Departamento de Engenharia de Polímeros colabora estreitamente com o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), uma entidade privada sem fins lucrativos. Fonte: Universidade do Minho
Torna-te especialista em materiais poliméricos, processamento e projeto
Os programas de pós-graduação em Engenharia de Polímeros preparam os futuros profissionais para se manterem na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e sustentável. No Mestrado em Engenharia de Polímeros desenvolverás competências relevantes em materiais poliméricos e compósitos, processamento avançado, conceção de sistemas de fabrico e desenvolvimento de produto. Como estudante de Doutoramento, receberás orientação personalizada de um(a) supervisor(a) para expandir a fronteira do conhecimento na área, através de um projeto de investigação avançada, adquirindo competências de elevado nível em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em ciência e engenharia de polímeros e compósitos.
“O curso de Engenharia de Polímeros é uma ponte bem estruturada entre a academia e a indústria – com uma forte e estreita ligação ao tecido industrial”, afirma Eduarda Rebelo, licenciada em Engenharia de Polímeros. “Sem dúvida, ser diplomada pela Universidade do Minho é uma mais-valia profissional.”
Enraizados na realidade prática, estes programas permitem-te transitar para uma ampla diversidade de carreiras. Através do Mestrado em Engenharia de Polímeros, poderás ingressar em áreas como design e desenvolvimento de produtos, processamento de matérias-primas e gestão de projetos. O programa de Doutoramento prepara-te para cargos de investigação de alto nível ou funções exigentes na indústria e em instituições globais de ciência e tecnologia.
“Os cursos de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho possuem um ambiente extremamente acolhedor, positivo e estimulante”, afirma Marcos Sampaio, mestre em Engenharia de Polímeros. “Todos os estudantes podem escolher a sua área de especialização, desde materiais ou projeto de produto, até fabrico, por extrusão, injeção ou outros processos.”
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